Causas - A STTM é periostite causada por tensão excessiva na borda medial da tíbia por fatores múltiplos:
- Alterações biomecânicas
- Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração
- Alterações no calçado e superfície de treinamento
- Lesões de partes moles
- Falta de alongamento (inelasticidade muscular)
- Anormalidades na inserção muscular
Apresentação clínica:
- Dor contínua, progressiva e prolongada na metade distal na região póstero medial da tíbia.
- A dor é aliviada com o repouso e piora com a atividade física.
- Queda do desempenho como conseqüência ou limitação.
- Dor na tíbia distal com ou sem leve edema (a área é mais difusa que a fratura por stress)
- Pode haver dor com elevação dos dedos do pé ou pela flexão plantar resistida
Exames complementares:
- A maioria das radiografias é normal. Pode ocorrer neoformação óssea periosteal longitudinal irregular ou hipertrofia cortical da tíbia.
- Já na ressonância magnética pode ser evidenciado um edema periosteal indicando a periostite de tração.
- A cintilografia óssea pode demonstrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento do osso.
- Alguns trabalhos mostram que a densidade mineral óssea tibial pode estar diminuída.
Medidas gerais devem ser tomadas como a diminuição da intensidade e duração do treino, além de mudar a superfície do terreno da corrida. Pode ser usado: antiinflamatórios, gelo, fisioterapia analgésica e alongamento do Aquiles. Alguns casos são necessários à utilização de órteses ou palmilha para correção da pronação.
O retorno na corrida deve ser gradual não se esquecendo do alongamento e condicionamento progressivo. A indicação cirúrgica ocorre após dois períodos de repouso e retorno às atividades com repetição dos sintomas. É recomendado a fasciotomia do compartimento posterior superficial da tíbia.
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